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09
Set12

Ainda é possível encontrar o emprego ideal?

adm

Conseguir um emprego não é tarefa fácil, e se o objetivo for encontrar o emprego de sonho, o trabalho terá de ser redobrado. John Lees, especialista em carreiras, e autor do livro How to find a job you'll love, sabe que o mercado laboral está mais pequeno, com menos oportunidades, e com mais pessoas. Muitas coisas mudaram nos últimos anos, e a forma de abordar o mercado e a própria vida profissional também tem de ser outra. A recessão económica é a maior responsável pelas alterações, mas há coisas que já estavam a ser alteradas. As regras, têm de ser revistas, alerta o especialista.   

As tendências mudaram. Algumas coisas estavam a correr bem no mercado laboral bem antes da crise e da recessão. Para dar um exemplo, Lees lembra que se verificou “um crescimento nos empregos próprios, trabalhos de freelancing, e um boom nas vagas de emprego não publicitadas” - e apenas acessíveis através de uma boa rede de contatos. Estas são as tendências da última década, e que deve ter em conta.

O mercado laboral tornou-se mais pequeno, o que significa que embora existam vagas, e as pessoas continuem a procurar empregos, permanecem dificuldades essenciais, em certos segmentos da população, e certos sectores, em voltar ao mercado de trabalho. De maneira geral é preciso saber que agora é mais difícil encontrar um emprego, que há uns anos atrás, mas mais difícil ainda é encontrar o emprego certo. “É interessante perceber que quando entrámos nesta recessão, uma das previsões indicava para que os padrões se alterassem”. Como lembra, a razão para que as pessoas sentissem isso tem a ver com o facto de na recessão de há 20 anos atrás - no início dos anos 90 - não existirem telemóveis como existem agora. “O sentimento era de que se tinha de ficar em casa, ao lado do telefone, para o caso dele tocar. E aparentemente as vendas de instrumentos domésticos aumentaram, porque as pessoas passavam muito tempo em casa”.

Toda a gente está ligada através de tecnologia móvel. Estão fora e em contacto. Mas existe algo residual nesta tendência para ficar em casa e fazer mais pela procura de emprego a partir dali. A razão, está claro, é que existem mais oportunidades para ficar em frente do ecrã. E ali, existe a grande tentação de utilizar a Internet para salvar os problemas da carreira. “Nós sabemos que estar em casa a concorrer a uma vaga de emprego ou a enviar o currículo por email, é algo próximo de estar a trabalhar. Soa como uma ocupação, e por isso é atrativo”.

Sonhe alto. “Lembro-me - e isto foi há sete ou oito anos - de trabalhar com mudanças de emprego na Califórnia. Ali, a regra era: podes usar o teu computador para pesquisar e estabelecer contactos durante a tarde, mas durante o dia não fiques atrás do ecrã. Sai e fala diretamente com as pessoas”.

É um princípio simples, mas poucos se recordam dele no momento de ir à luta. Sentem que o emprego da felicidade, o emprego da satisfação pessoal, é um luxo num mercado tão estreito. Mas não é. Se agarrar um emprego que tem muito pouco a ver com as suas competências e experiência, existem grandes hipóteses de não ficar ali por muito tempo. E isto será algo que terá dificuldade em explicar quando lhe perguntarem sobre o passado.

Não é capricho. Tem a ver com dizer, bom, todo o trabalho é um compromisso. E se quer encontrar uma boa ligação entre o que o empregador procura e o que você quer retirar de um emprego, então tem de ser mais esperto que esforçado. Os mais espertos fazem as coisas de forma diferente, são resistentes, e criativos, refazem as regras. 
Ligam-se a quem interessa. “Muitas das pessoas com quem trabalho, acabam por dizer que não somos uma rede. Preferem dizer que é outra coisa qualquer”. Porque o que é, de facto, é seguir a curiosidade, procurar oportunidades para falar com pessoas. Facilmente irá começar a construir oportunidades para falar com pessoas que se relacionam com aquilo que quer fazer no futuro.

É de senso comum que quem procura emprego tem de estar ligado em rede.  Por isso, como conselho disse a alguém o que quer fazer para encontrar uma ocupação relativamente boa, certamente que o seu interlocutor vai acabar por dizer que está a jogar conversa fora. Eles acham que sabem como o mercado opera.

Todos temos conceções erradas sobre o que é trabalhar. E muitas das pessoas que treino, muitas das pessoas com quem trabalho, acabam por dizer que não somos uma rede. Preferem dizer que é outra coisa qualquer. Porque o que é, de facto, é seguir a curiosidade, procurar oportunidades para falar com pessoas. E isso pode significar falar com pessoas que conhece e em quem confia, e com quem os níveis de conversação são simples. Facilmente irá começar a construir oportunidades para falar com pessoas  reais que se relacionam com os trabalhos que quer fazer. Essa curiosidade pode levá-lo a entrar nesse núcleo. Depois pode limar as suas competências, para se conseguir diferenciar perante alguém que pode decidir o seu futuro.  
Tem assim tantas ideias? Quem tem muitas ideias tende a pensar com calma e a fazer as coisas de forma muito ponderada. Se tem muitos contactos, não os gaste na primeira ou segunda semana em que procura emprego. Espere até ter uma mensagem bem definida.

"Mas prefiro preocupar-me com os relacionamentos", realça Lees, que aconselha "conversas naturais," com o foco nos outros e não em si. Não saia por aí para se auto-promover. Saia para perceber o que os outros estão a fazer e como chegaram àquela linha de trabalho em que se encontram. A curiosidade natural é suficiente para fazê-lo andar para a frente.  

Não fale demais. Como existem demasiado candidatos que sublinham que são complicados, Lees, explica que “se é complicado, não queira sublinhar isso no seu passado”. As pessoas gostam de simplicidade.

“A forma como gosto de colocar esta ideia é através do CV”. O que Lees quer dizer é que quando alguém o vai recomendar não vai exaltar 200 informações sobre si. “Vão sublinhar três ou quatro aspectos sobre si”. O entrevistador vai recordar três, quatro ou cinco. “Deixo um pequeno segredo, um dos exercícios que utilizo com os clientes: eu digo para colocar o CV na mesa, com as costas para cima. E peço para me falarem um pouco sobre o que gostariam que eu recordasse. Começam com as características pessoais e está ótimo”. Chega.

É comum que se escolham as características mais especiais, ou conhecimentos em relação a um aspecto específico. “São estas coisas pelas quais o vão recordar”, diz Lees. “Aí, olhe para o CV e veja se essas coisas aparecem nas primeiras 50 linhas”.

O foco é essencial e deve tê-lo em todas as formas de comunicação, email, CV, conversas. Plante pequenas sementes de informação, assim, os maus episódios da carreira podem ser contornados. 
Um longo período de desemprego, ou uma longa carreira numa empresa cuja reputação foi abalada podem ser pontos fracos, que tem de saber dominar.

John Lees sabe que muitos dos entrevistados não esperam que lhes perguntem em relação a esses aspectos, mas essa é uma das perguntas a que geralmente não pode fugir. Saber jogar com as coisas menos boas, pode ser uma vitória.

Pegue em algo simples, como um intervalo em que nada aconteceu na sua vida profissional e siga o conselho do especialista: "Tem de falar sobre o elefante que está na sala antes que alguém o faça”. Soará de forma mais natural e mostra iniciativa. Uma frase como “imagino que esteja intrigado com isto” é a melhor forma de abordar o assunto.

“Há-que perceber que uma entrevista não é um treino de oportunidades”. É a sua oportunidade perante o decisor. Até os candidatos mais experientes precisam de treinar respostas curtas, ensaiar questões difíceis e insistir até que estejam confortáveis com determinada matéria. “Não sairão de forma natural se não as treinar”, refere o especialista.

Não há mudança pior que mudar de sector de atividade e de função, mas se tem capacidades transferíveis tem uma vantagem clara perante os outros. Ainda assim, Lees lembra que “os empregadores são conservadores e preferem candidatos que já tenham feito exatamente aquela tarefa no emprego anterior”. Mas não desista só por isso, porque há momentos em que o empregador quer um pensamento fresco e um novo pensamento. “Esta é uma boa onda para apanhar”.

Novamente as redes de trabalho. Lees lembra que o verdadeiro desafio é conseguir estar dentro do mercado onde se vai inserir, conhecer a linguagem utilizada e que vai ensiná-lo a saber mover-se lá dentro. Assim, quando tiver uma entrevista não irá dizer apenas “não sei nada desta função, mas tenho potencial”. Esta não é a mensagem que quer passar. O que quer dizer é “eu conheço bastante bem o setor, sei o que procuram e as minhas capacidades vão acrescentar valor no que vocês fazem”. 

Rejeição? Faz parte do jogo.
 Ouvir um não é perfeitamente normal, mas todos sabemos que quando se trata de vender as nossas competências o assunto é sério. Ouvir um não pode pode afectar a performance que terá no futuro. O especialista em emprego lembra que uma das técnicas que tem desenvolvido relaciona-se com perceber quais os empregos que estão mesmo no centro das intenções, as funções que estão um pouco ao lado da mira e as que saem completamente fora dos objetivos.

Não vale a pena tentar interpretar as negas como dados estatísticos, até porque deve saber que normalmente as escolhas são totalmente arbitrárias. “É muito raro que um candidato receba um feedback do género: está a puxar uma porta fechada.” Lees lembra que apesar de tudo muitos não seguidos levam a uma interpretação mal feita da realidade. 

fonte:http://www.dinheirovivo.pt/

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