Há mais 28.300 trabalhadores a tempo parcial em dez anos
Na última década, os trabalhadores em regime a tempo parcial têm aumentado continuamente, passando de 10,9% do total dos trabalhadores por conta de outrém, no ano 2000, para 11,7% no ano passado.
Enquanto o peso dos empregados a tempo parcial, no universo dos trabalhadores por conta de outrém, aumentou em cerca de 28.300 ao longo da década, os empregados em regime de horário completo diminuiram em 97 mil, a um ritmo de quase dez mil por ano. Os dados são do último relatório do Observatório do Emprego e Formação Profissional, que destaca, no entanto, a excepcionalidade do ano de 2009, em que, devido à crise e à destruição de emprego, baixou tanto o número de trabalhadores a tempo completo como parcial.
Neste caso, porém, essa redução deveu-se exclusivamente ao grupo das mulheres, que representavam 62,8% dos empregados a tempo parcial no ano passado.Já o número de homens naquele regime laboral aumentou 7%.
Fazendo um balanço dos grupos de profissões que sofreram maiores quebras de emprego em 2010, o relatório do OEFP refere que o sector da indústria foi o mais afectado, tendo perdido 44500 postos de trabalho, logo seguido pela agricultura , com menos 22600 pesssoas empregadas.
Mas também os serviços sofreram um corte substancial, sendo que as maiores perdas ocorreram no segmento do comércio por grosso e a retalho, que registou uma redução de 27.600 empregos e na Administração Pública e Defesa. Aqui, no sector estatal verificou-se uma redução de 22400 empregos ao longo do último ano, segundo dados complilados a partir do Instituto Nacional de Estatística.
Mas nem todas as profissões tiveram evoluções semelhantes. Na última década, o emprego cresceu mais nos especialistas das chamadas profissões intelectuais e científicas (mais 147 200) , pessoal dos serviços e vendedores (127 mil) e profissionais de nível intermédio (91 500).
Em contrapartida, os operários e artíficies diminuiram em 187 300, seguindo-se a alguma distância os trabalhadores não qualificados, menos 78 600 nos últimos dez anos. Destaca-se ainda, ao longo da década, a quebra de 35 600 nos quadros superiores da administração pública, dirigentes e quadros superiores de empresa.
fonte:http://www.dinheirovivo.pt/