Recrutamento é feito cada vez mais ‘online’
Os anúncios em papel estão a desaparecer. A Internet é a nova ferramenta para oferecer e procurar emprego
O emprego oferece-se e procura-se, cada vez mais, ‘online'. E só não há mais anúncios na Internet, porque há pouco emprego, diz Amândio da Fonseca, administrador do Grupo de recursos humanos Egor.
Os anúncios em papel estão a desaparecer. Quem quer anunciar emprego, fá-lo, na maior parte dos casos, no próprio site da empresa, num ou em mais do que um portal de emprego e através das redes sociais profissionais. E, depois, "concorrer é pouco mais do que um clique. É a globalização do recrutamento", sublinha Amândio da Fonseca.
Responder a um anúncio também já não passa pelo correio tradicional e pelo currículo em papel. Issou passou à história. "A Internet é uma ferramenta mais poderosa, que dá maior ‘feedback' e é mais rápida. É instantânea. Publicamos o anúncio e no dia seguinte temos centenas de respostas", diz ainda o administrador da Egor.
Ana Teixeira, ‘country manager' da ‘executive search' MRINetwork, confirma: "o recurso à procura de emprego ‘online' é muito utilizado e tem vindo a crescer substancialmente, sobretudo entre os recém-licenciados, pessoas em início de carreira, não seniores e pessoas ligadas às tecnologias de informação". Os quadros de topo é que ainda gostam de recorrer ao anúncio em papel ou às empresas de caça- talentos.
Há ainda, por outro lado, funcionalidades que a Internet permite que trazem mais valias em relação ao papel. Por exemplo, a pessoa pode inscrever o seu currículo ‘online' num portal e receber um alerta no seu ‘email' sempre que for colocado um novo anúncio para a função que procura, ou seja, o anúncio vem ter com ela.
O recrutamento faz-se, assim, cada vez mais via ‘online', antecedendo a fase de selecção dos candidatos. "Recebi, por acaso, no outro dia um currículo por correio e pedi à pessoa para o voltar a enviar por email", conta Amândio da Fonseca.
Para o administrador da Egor, os portais de emprego são uma espécie de feiras de emprego e uma tendência sem retorno, que veio para ficar.
Trabalho publicado na edição de 16 de Junho de 2012 do Diário Económico