Quais os profissionais mais procurados em 2014
Comerciais, engenheiros e profissionais das TI serão os mais cortejados pelos empregadores, de acordo com um estudo da Hays.
Depois de cortes e despedimentos serem as palavras mais ouvidas durante muito tempo, as boas notícias começam a chegar para quem procura ou quer mudar de emprego. "As empresas vêem-se obrigadas a voltar a investir em novas contratações para dar continuidade à rentabilidade do seu negócio", acredita Paula Baptista, directora da Hays Portugal, justificando assim o resultado do estudo que a consultora levou a cabo e que conclui que 58% das empresas em Portugal tencionam contratar em 2014, o valor mais alto desde 2009. Depois de terem cortado até ficarem no "osso", "2014 será o ano da reorganização das empresas em termos de estruturas e de ‘head count'", sublinha a responsável.
Omercado de trabalho vai, assim, recuperar um dinamismo, que tinha perdido com a crise e com "a elevada percentagem de quadros médios e superiores" que saíram do país, acrescenta a responsável da Hays.
Quem deverá encontrar mais facilmente emprego serão os comerciais, engenheiros e profissionais das Tecnologias de Informação, de acordo com o mesmo estudo. Esta é uma boa notícia não só para os desempregados como para os 83% de profissionais que gostariam de mudar de emprego este ano, em busca de progressão profissional e/ou de um salário mais atractivo.Os profissionais de marketing e vendas, engenharia e recursos humanos são os mais interessados em mudar de emprego, enquanto os mais insatisfeitos com o salário são os de recursos humanos, banca/seguros e engenharia.
A procura por comerciais será impulsionada pelo aumento das exportações. "As empresas sentem necessidade de abrir novos canais de vendas e de alargar a presença internacional e, para isso, precisam obrigatoriamente de excelentes comerciais, preferencialmente com conhecimentos de línguas como inglês e castelhano", explica Paula Baptista.
No geral, as empresas estão a valorizar mais a experiência profissional (79%) do que a formação (21%), embora isso não seja necessariamente mau para os recém-licenciados, explica a responsável, já que "são muitas as empresas que apostam em programas de estágio para captar talento".
Por outro lado, a competência que os empregadores mais estão a valorizar actualmente é a proactividade, mesmo antes das competências técnicas. A explicação é muito simples nas palavras de Paula Baptista:"Muitas vezes, a vontade de fazer acaba por ser mais importante e valorizada do que o saber fazer" em contexto empresarial", até porque "as ditas ‘soft skills' (onde se inserem a vontade de aprender e a iniciativa na resolução de problemas e no cumprimento de tarefas estão a ganhar terreno às ‘hard skills'".
Onde estão as oportunidades?
O sector da banca e seguros vai recuperar algum dinamismo, uma vez que será retomado em 2014 o financiamento da banca às PME, "sobretudo para as que estão a iniciar ou reforçar os seus processos de internacionalização", defende Paula Baptista. Por outro lado, são cada vez mais as empresas que optam por profissionalizar os seus departamentos de recursos humanos, abrindo oportunidades nesta área. No caso das engenharias,enquanto os sectores de indústria elogística continuam a fomentar a criação de emprego, animados pelo bom momento das exportações portuguesas, o sector da construção e imobiliário não demonstra quaisquer sinais de recuperação. Já o sector das Tecnologias da Informação continuará a ser um dos mais importantes dinamizadores de emprego qualificado em Portugal, em contraste com a indústria farmacêutica que parece ainda não ter terminado a profunda reestruturação a que tem sido sujeito. No marketing e vendas as notícias são boas para as empresas exportadoras, turismo e universo online/digital. E, de um modo geral, a contratação de profissionais de retalho não sofreu de forma muito significativa os efeitos negativos da quebra no consumo. Oretrato está feito, agora oriente-se e procure a sua oportunidade!
fonte:http://economico.sapo.pt/n