Três mil empregos que ficaram sem candidatos
Entre Janeiro de 2009 e Abril de 2010 ficaram por preencher 3078 ofertas de emprego no Vale do Sousa e Tâmega, região que tem mais de 32 mil desempregados e uma taxa de crescimento do desemprego superior à média nacional.
Para inverter esta tendência, a Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa (CITS), que agrega concelhos como Amarante, Cinfães, Felgueiras ou Paredes, apresentou ontem o Pacto Regional para a Empregabilidade (PRE). Trata-se de um instrumento que pretende adequar a oferta de acções de formação com aquilo que as empresas procuram. "Existe um desajuste entre as necessidades efectivas do mercado e a formação que está a ser feita. É preciso acertar a agulha", justificou Alberto Santos, presidente da CITS e da Câmara de Penafiel.
Quem poderá beneficiar com PRE é Joaquim Valinhas, empresário que não consegue contratar "modelistas com experiência e com um ordenado compatível com o mercado" para a Expotime, empresa têxtil de Lousada com 90 operários. "Fomos ao centro de emprego e não apareceu ninguém. Agora colocámos um anúncio no jornal", conta o empresário.
No âmbito do PRE já foi realizado um diagnóstico em 500 das 40 mil empresas da região, que identificou as principais necessidades de cada concelho. Em Paços de Ferreira são necessários mecânicos de automóveis ligeiros, enquanto em Lousada o que mais se procura são costureiras. "Neste momento, é possível ter condições para decidir a articulação entre os processos de qualificação e os de emprego", garantiu Valter Lemos, secretário de Estado do Emprego.
fonte:www.cmjornal.xl.pt